"Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei"
O tempo que perturba, agita e destrói, é o mesmo que cura, que traz a paz e nos torna mais leves. O caminho, no entanto, não é nada fácil.
Somos cada dia mais e mais prisioneiros do tempo e de suas amarras. Prisioneiros dos achismos e conceitos dos outros. Nossa vida, sempre gira em torno de um tempo, que muitas vezes, não é nosso. Quantas coisas deixamos de fazer, quantas pessoas deixamos ir... Quantas situações desperdiçamos, simplesmente para agradarmos aos outros e àquilo que julgam ser o melhor para a nossa vida . Enfim, quanto tempo deixamos escorrer por entre nossos dedos.
Quando perdemos o nosso tempo em favor do que esperam de nós, perdemos também a nossa vida. Perdemos tudo aquilo que o tempo sem dó e nem piedade trata de levar. E por mais que consigamos recuperar algumas dessas coisas, elas jamais acontecerão da mesma maneira que se realizariam naquele momento. Talvez, nem tenham mais o mesmo brilho ou o mesmo encanto.
Que os nossos próprios pés sejam os guias dos caminhos a serem seguidos. Que mesmo errando e quebrando a cara, saibamos que erramos pelo nosso próprio bem querer, pela nossa própria condição de viventes que necessitam incessantemente buscar respostas para a nossa própria existência. Que erremos por nós, e não pelos outros.
O tempo é único e precioso. Pensamos tanto no amanhã, mas não sabemos se ele virá e nos levará como viemos.
Tempo... quanto dele ainda teremos?
"Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver"
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