Última flor do Lácio, inculta e
bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
(Olavo Bilac)
Segundo Luiz Garcia , os erros de português são os que
mais afetam a credibilidade de um jornal. "Ao ver um erro de português, o leitor
se pergunta se o assunto tratado está correto ou não" (3) (Garcia, 2001).
Parece - me, que determinados jornáis monlevadenses, não andam se preocupando muito com este fato. Esta semana, um artigo sobre um assunto de meu interesse, publicado em um desses veículos de comunicação monlevadenses, me deixou deveras preocupado, tamanhos os erros gramaticais que lá apareceram.
Pensei que fosse uma observação apenas minha, mas não. Hoje, conversando com a amiga e colega de trabalho, Conceição Soares, professora de Português do Colégio e Faculdade Kennedy, e uma das mais respeitadas da cidade, lá estavam, o tal jornal e a tal matéria na pauta. Soares me perguntou, indignada, se eu havia lido o tal artigo, e se eu havia obsarvado, assim como ela, os erros grosseiros nele contido.
O assunto não parou por aí. Comentamos sobre outros erros gramaticais que constantemente aparecem no pasquim, e sobre como profissionais formados em um curso superior de jornalismo podem cometer um verdadeiro assassinato à última flor do Lácio.
Os erros de português não devem ser vistos como insignificantes e sem importância,
por isso há necessidade de combatê-los. Um texto jornalístico bem elaborado, com
palavras de fácil entendimento, frases curtas e grafia correta garantem uma
credibilidade muito maior a um jornal. Infelizmente, poucos são os veículos de comunicação que desenvolvem
programas de controle de erros, visando melhorar a qualidade e atender às
expectativas do leitor.
O ideal seria que os veículos de comunicação oferecessem
cursos de aperfeiçoamento gramatical a seus funcionários. Como esta não é a realidade por aqui, e estes profissionais, que passaram pelos bancos das universidades, não estão tendo a devida competência para tomarem posse e fazerem uso da língua portuguesa, o referido jornal devería contratar um bom professor de Português para fazer a revisão de seus textos, antes que sejam publicados e espantem a intelectualidade de seus leitores, e em especial aos professores da língua mãe, aos quais eu me inclúo.
Ora, ou o repórter sabe escrever
corretamente, de acordo com as normas estabelecidas pela empresa na qual
trabalha, ou deveria ser substituído por outro que preenchesse esse requisito.
Admitir a existência de repórteres que necessitem de um "revisor de luxo" de
seus textos é absurdo - mas acontece em quase todos os grandes jornais
brasileiros. (Rossi, 2000, p.30)
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