Vem cá, é você quem paga as minhas dívidas?

Em defesa de todos nós blogueiros e ou jornalistas que somos pressionados e ameaçados por defendermos nossos ideáis.

Vem cá, é você quem paga as minhas dívidas? Se você não paga as minhas contas, por favor não cuide da minha vida!

Parece que os "coronéis" monlevadenses não se cansam mesmo. Além de quererem ditar as regras da política e da fé do povo, agora querem, também, ditar regras e entrarem na vida pessoal das pessoas. Certa era a saudosa mãe do meu amigo Marcelo Guimarães, que muito sapiamente dizia que "a língua é uma parte muito leve do corpo, e que mesmo assim muita gente não consegue segurá - la."

 As pessoas tem mania de “achismo” e de tomar decisões baseadas nisso.

“Eu ACHO que fulano não gosta de mim, então eu não gosto dele.”

“Eu ACHO que ciclano quer me prejudicar, então vou dar o troco.”

“Eu ACHO que tal pessoa me traiu, então vou traí-la também.”

“Eu ACHO isso, eu ACHO aquilo... e tudo que faço é baseado nas coisas que ACHO.”

Pego emprestada do Zeca Pagodinho uma frase que serve como um ditado e um alerta: "Se eu quiser fumar eu fumo, se eu quiser beber eu bebo. Eu pago tudo que eu consumo com o suor do meu emprego."

Eu entendo que fazer oposição às causas ou ideáis, sejam eles políticos, ambientais e ou religiosos é um direito legítimo de qualquer cidadão. Agora, aqui em João Monlevade pegou-se uma mania de fazer oposição ofendendo o outro. Uma parte desses "coronéis" de meia tijela, ofende, de forma indireta, a pessoa física, esquecendo-se que a oposição legítima tem que ser direcionada ao tema do debate. 

O bom debate só é valido quando se discute propostas, quando se tem o bom senso para se "discutir" o tema proposto buscando soluções através do diálogo, sem que haja ofensas pessoais e envolvimento na vida particular do outro, pois, a vida pessoal de cada um, só diz respeito à pessoa. Atacar particularidades de alguém é prova de falta de argumentos, além de baixo caráter. Mater - se no anonimato para se atacar, amaeçar e  pressionar aos blogueiros e jornalistas, é sinal de covardia.  Isto é algo que vem acontecendo com bastante frequência aqui em nossa terra.

No mais, nem tudo o que parece ser, de fato é. E se o for, nem eu, nem ninguém, tem nada a ver com isso. Quem sou eu para julgar o que o outro faz no seu dia a dia? Cada um faz de sua vida aquilo que quer, sem ter que dar satisfações a ninguém, muito menos a pessoas pelas quais não nutre amizade. Cada um vai aonde quer e com quem quer. Cada um tem o direito de "ficar" com quem melhor lhe convier, de seguir a religião, o padre, o partido ou o político que melhor atenda aos seus valores. E quem sou eu, ou quem é você para julgar ou contestar?

Caráter não se mede por opções políticas, religiosas, sexuais, artísticas e culturais. Caráter se mede pelo poder de nossas ações.  Pelo nosso bom senso e respeito às pessoas. Caráter se mede pelo fato de não se julgar o outro, pricipalmente, quando esse julgamento se baseia em achismos de alguém que não é, nem de lonje, um exemplo de virtudes a ser seguido. Caráter, é saber aceitar as diferenças. Caráter é saber aceitar que cada ser humano faça uso do seu livre arbítrio. Caráter é saber respeitar as diversas opiniões sem querer impôr ao outro as nossas.

O que cada um faz em seu cotidiano, na sua intimidade é de cunho pessoal e particular. Se bebe, se fuma, se vai aqui ou ali, se anda com Fulano ou Ciclano, não nos diz respeito. Infelizmente, existem pessoas que só sabem falar,critícar, e cuidar da vida alheia, mas que não olham pro seu própio rabo. Jogam pedra no telhado dos outros e às vezes nem enxergam a fragilidade de suas próprias telhas.

Fazer oposição, não deve significar agredir moralmente seu opositor, mas discutir projetos e levantar bandeiras que visem melhorar a vida da população. Isto sim é um bom debate, o resto é falta de personalidade. No mais, quando apontamos um dedo para o outro, três outros estão voltados para nós.

Deixo claro, desde já, que eu não entro nesse joguinho de ataques e nessa baixaría de artigos sensacionalistas e ofensivos. Não comungarei dessas briguinhas de egos, pois, não preciso disso. A criação que recebo de meus pais é baseada no respeito ao outro, e em especial, à vida pessoal do outro. Eles sempre me ensinaram que nem tudo o que eu penso sobre as pessoas eu devo falar. Aprendi, com eles, que nem sempre aquilo que pensamos sobre as outras pessoas é a verdade. Aprendi, ainda, que aquilo que cada um faz não me diz respeito e, que cabe a mim não me meter, afinal, não fui chamado.  Espero apenas, que o mesmo respeito que tenho pela vida pessoal desses "coronéis" seja retribuído. Deixo claro que repudío o ataque e as ameaças a todos aqueles que tem como bandeira a palavra através de seus veículos de comunicação. E deixo, abaixo, um ditado que gosto muito.

Cuidado!... quem muito acha, acaba se perdendo...

Você pode me julgar sem conhecer, me rotular sem me admirar, me criticar sem antes saber dos meus elogios. Você pode me invejar por eu ser aquilo que você sempre quis ser.

Mas é uma pena... pois enquanto você fica achando, nunca passará a, de fato, SER...”