"Covarde sei que me podem chamar
Porque não calo no peito essa dor
Atire a primeira pedra, ai, ai, ai
Aquele que não sofreu por amor"
Porque não calo no peito essa dor
Atire a primeira pedra, ai, ai, ai
Aquele que não sofreu por amor"
Mário Lago nos deixava há exatos 10 anos. Nascido no Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1911, foi compositor, ator, poeta, radialista e advogado brasileiro. Entre suas músicas mais famosas estão "Ai que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", feitas em parceria com Ataúlfo Alves. A marcha carnavalesca "Aurora" que ficou famosa na voz de Carmem Miranda foi feita em parceria com Roberto Roberti e "Nada além" feita em parceria com Costódio Mesquita famosa na voz de Orlando Silva.
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.
Torcedor do Fluminense, chegou a declarar, na época do 1º rebaixamento do clube, que a virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele afirmava veementemente, que o time deveria ter voltado à divisão de elite do Campeonato Brasileiro no campo, e não no tapetão.
Atuou em dezenas de novelas e filmes. Em dezembro de 2001, recebeu uma homenagem especial por sua carreira durante a entrega do Troféu Domingão do Faustão, que, no ano seguinte, ganharia o nome de Troféu Mário Lago, sendo anualmente concedido aos grandes nomes da teledramaturgia.
Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar.
Mário Lago, mais um imortal em nossas artes maiores.
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