E a nossa história vai se apagando...



Às vezes me da um certo desânimo escrever sobre nossa cidade. Isso se deve ao fato de não termos coisas boas, pelo menos no momento, a se dizer. Tudo por aqui continua na mesma. Os problemas, a sujeira, o lixo, o descaso, o desgoverno...

É triste ver a nossa cidade chegar aos 50 anos de emancipação política como está. O que está faltando por aqui é boa vontade política e ganas para transformar a nossa cidade em um modelo a ser seguido pelas demais. Quanta coisa poderia ser feita e ou modificada. Quanto se poderia resgatar e aproveitar de nossa história e de nosso Centro Histórico. É triste constatar que poucos jovens sabem que aqui em nossa cidade encontra- se a primeira vila operária da América Latina. Muitos não conhecem a história e a simbologia de nossa Igreja Matriz (que hoje está mais para filial); talvez nem mesmo o pároco administrador saiba, uma vez que imagens históricas com pintura do grande Mestre Marinho Silva, feitas a pedido do Cônego José Higino de Freitas estejam sendo substituídas. Nem mesmo a Santa Bárbara, uma das patronas da Matriz escapou. Está certamente, encostada em algum canto com pouco destaque.

Nossa história e feita de areia, pois os homens que deveriam preservá- la estão preocupados em serem pop stars. A vaidade vem falando mais alto em vários setores de nossa sociedade, sejam eles políticos ou até mesmo religiosos e, com isso,a nossa história vai se apagando como a areia que o vento varre da praia. História essa que deveria ser levada adiante. História à qual deveríamos acrescentar páginas e não apagar aquelas que foram escritas com tanto amor por personagens tradicionais de nossa cidade. História escrita a tinta de ouro por homens de verdade que nunca tiveram a pretensão de se tornarem estrelas.

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