Eu Defendo SIM o Padre Felipe

Na última edição do "Morro do Géo", o jornalista e proprietário do periódico, Marcelo Melo e, alguns de seus colaboradores, como o Thiago Moreira escreveram artigos em que expunham suas opiniões sobre o caso envolvendo a saída do Padre Felipe de João Monlevade e sobre a conduta do religioso. Como cidadão, frequentador da Matriz de São José Operário e, sobre tudo, como testemunha ocular dos fatos, não poderia me calar. Pois bem, escrevi este artigo em que exponho o meu olhar sobre o padre e sobre os fatos, artigo este, que estará publicado na edição de hoje do referido jornal, o que mostra a pessoa de caráter e aberta ao diálogo e às opiniões contrárias, que é o Melo.


Bem, meu caro Marcelo Melo. Eu participei  com muito orgulho das manifestações em defesa do padre José Felipe Bastos. Defendi e ainda defendo o religioso, tendo plena certeza de que em momento algum fui manipulado ou mesmo “vangloriei estrangeiros”, pois até então, como todas as outras pessoas envolvidas nas manifestações, pensava ser o padre um cidadão monlevadense, como veiculado nos meios de comunicação de nossa cidade.
            Quero deixar bem claro que em momento algum estive ou estou defendendo a conduta do cidadão José Mauro Bastos.  Os atos do cidadão, como apresentados em denúncias no seu Blog e em outros meios de comunicação, eu os repudio. Mas quanto ao padre, temos que aplaudir os quase quatro meses que passou em nossa cidade.
            O padre Felipe, nome segundo ele adotado em sua ordenação por se tratar de um nome bíblico, fez em pouco tempo o que os outros padres que se encontram a mais de uma década em nossa cidade, mas parecem estar muito mais preocupados com questões políticas que com questões religiosas, não fizeram.
            Conseguiu em poucas semanas, como grande evangelizador que inegavelmente é, restaurar a fé que caminhava a passos lentos nos paroquianos da Matriz de São José Operário. Fez mais, trouxe à Matriz milhares de outros católicos, decepcionados pela conduta política de outros párocos, ou pela mesmice de suas pregações. Foi além, em aproximadamente dois meses, restaurou a fé católica e o espaço físico da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Vila Tanque e iniciou uma grande obra na Matriz de São José Operário, símbolo de nossa cidade, que se degenerava, assim como a fé de seus paroquianos.
            Então, meu querido Marcelo, como não defender o grande evangelizador José Felipe? Como não agradecê – lo pelo grande bem que fez aos católicos de João Monlevade, em especial da Vila Tanque e Centro Industrial? Como não reconhecer os recursos que ele conseguiu para a reforma das igrejas? Difícil meu caro!
Sendo ele “estrangeiro”, ou melhor, forasteiro ou não, uma vez que não nasceu fora do Brasil, fez o que muitos nativos não ousaram fazer. “Rei” sim! Não rei dos reis, pois esse é o nosso irmão Jesus Cristo, mas rei para um povo católico que andava desiludido com os rumos da igreja em nossa cidade e que ainda está muito decepcionado com a nossa Diocese pela condução desse assunto, por ter crucificado não apenas o padre, mas uma comunidade inteira antes mesmo da sexta – feira da Paixão.
Essa é a minha opinião. Acredito eu que, a mesma da maioria dos católicos de nossa paróquia.

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