Meu amigo Raoni Rás, queria ter - lhe respondido através de um comentário na própria postagem, mas por problemas técnicos no meu blog, não foi possível. Como não poderia deixar de responder ao seu comentário, que como você bem disse, foi fundamentado em sua opinião pessoal, opinião essa a qual respeito mas não concordo, uma vez que a mesma vai contra a história e os fatos e, que contraria essa mesma história de mais de 500 anos de música legitimamaente popular brasileira, tratando os mestres que a construíram como eruditos, como uma fonte restrita a poucos - o que não é uma verdade.
Temos ai, grandes nomes da atualidade, como bem os citei em meu artigo, que defendem uma música de qualidade e que possuem sifras significativas de vendagens e uma agenda de shows sempre cheia, o que prova que a nossa MPB não agoniza e nem vai morrer nunca, jamais e, cabe a cada um de nós fazer a nossa parte incentivando nas pessoas o gosto por nossa música de raíz. E eu, estou fazendo a minha!
Tenho certeza de que estou contariando a muita gente, principalmente àqueles que tem um discurso politicamente correto de que temos que aceitar o que vem do "povão", o que é a cultura deles. Como eu bem defendi e você reforçou, não podemos ver com bons olhos algumas pessoas que se dizem artistas e que difundem palavrões e fazem apoligia ao sexo, às drogas, às facções criminosas e a um monte de outras coisas erradas.
Pois bem, eu serei obrigado a discordar de você em certos aspectos:
1- eu não disse que o Funk não é cultura, afirmei e volto a afirmar que o Funk não é cultura brasileira, uma vez que não se originou aqui em nosso país, assim como a Soul Music, o rock, a dance e tantos outros gêneros, hoje tão difundidos aqui no Brasil também não o são. São sim, gêneros radicados no país e que se tornaram populares perante uma parcela da sociedade.
2- quando me referi ao baixo nível das letras do Funk nacional, fiz questão de deixar claro que há sim algumas excessões, raras, mas existem.
3- não tirei o mérito do Funk, ao contrário, eu lamentei que um rítmo tão popular nos dias de hoje, tão dançante, nos ofereça letras tão pobres, tão aquém de sua batida.
4- e por último, fico assustado quando uma pessoa com a sua cultura me diz que Clara, Elis e Leny não são mais a "Música Popular Brasileira". Se chegamos a esse nível, em que aqueles que constríram a nossa canção popular e que gravaram seu nome na história do cancioneiro popular não mais poderem ser vistos e citados como parte dessa mesma MPB que ELES construíram, podemos fazer o velório e enterrar de vez a nossa Música Brasileira, construída durante todos esses séculos por esses grandes artistas. Para o "povão" podem não ser a MPB, mas para aqueles que possuem uma mínima cultura, os baluartes da MPB serão sempre imortais, e jamais deixarão de ser as bases que servirão de esteio para o resto.
Portanto:
"Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista"
Funk x MPB: a réplica
About author: Caio Fernando
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