Padre Felipe, forasteiros e estrangeiros: homens que construíram a história

Tem me irritado e muito quando leio em alguns blogs e jornais monlevadenses a afirmação de que boa parte de nós “valorizamos e glorificamos os forasteiros”. Creio que esta colocação já esteja se tornando, além de redundante, obsoleta.
 Vale lembrar que o termo “forasteiro” passou a ser corretamente usado por muitos jornalistas e blogueiros da cidade a bem pouco tempo, quando eu corrigi o jornalista Marcelo Melo no meu artigo “Eu Defendo Sim o Padre Felipe”, já que o mesmo era um, dos que equivocadamente usava o termo “estrangeiro” para se referir às pessoas que migravam de outras cidades para a nossa.
O que mais me deixa indignado é que essas mesmas pessoas que criticam essa atitude, as cometem e de maneira justa, afinal, grande parte da história de João Monlevade se deve a esses tão abominados forasteiros e estrangeiros, basta observar no site Morro do Geo, que não me deixa mentir.
Como não valorizar e glorificar a esses homens e mulheres, afinal, não foram eles quem ajudaram a construir nossa cidade? Tenho certeza, portanto, que há uma grande incoerência nessa fala senhores jornalistas e blogueiros e acredito, que os senhores estejam sendo injustos com a memória dessas personalidades que aqui gravaram seus nomes. Acredito, que estejam sendo injustos também, com aqueles que aqui vieram para contribuir, para ajudar a engrandecer ainda mais o nome de nossa tão amada cidade. Sei que existem exceções. Sei que existem algumas pessoas que só estão interessadas em levar as nossas riquezas, mas não se pode generalizar.
Quanto ao Padre Felipe, digo o mesmo: cuidado para não serem injustos!
Os atos cometidos pelo cidadão José Mauro não interessam em nada a nós católicos, que aprendemos em nossa caminhada de fé sobre o perdão de Cristo. Estes atos foram cometidos antes de sua ordenação como Padre e, se a restauradora, bem como outras pessoas que se sentiram lesadas não tomaram as devidas providências, não o denunciaram à justiça dos homens: PACIÊNCIA.
 O Padre José Felipe (nome, que mais uma vez repito, elegeu quando ordenado e que trata – se de um direito concedido pela Igreja ao Santo Padre o Papa e a todos os outros padres e freiras) nada fez de errado em João Monlevade à não ser preocupar – se com seus templos e com o seu rebanho. Restaurou os espaços físicos das paróquias e a fé. Encheu a casa do Pai novamente. Se negou a pousar para outdoors politiqueiros. Incomodou a muitos.
A verdade sobre a sua partida de João Monlevade ficou guardada com ele e com alguns de nós. Existe muita sujeira por debaixo do tapete e, garanto –lhes, que não são do Padre Felipe, como muitos pensam. Há muitas coisas que não foram e nem serão reveladas, principalmente aos bicões, que nunca vimos colocar os pés dentro de nossa paróquia, mas, que adoram meter o nariz onde não são chamados.
Padre Felipe, em toda a sua humildade acatou o que lhe foi ordenado e saiu escurraçado e, não fugido de nossa cidade. Não por medo, não por ter feito algo de errado aqui, mas sim, porque um de seus votos foi o de OBEDIÊNCIA. Ele obedeceu para não quebrar o seu voto sacerdotal.
Tenho total certeza de que não estamos sendo incrédulos e muito menos estamos agindo de maneira errada ao irmos a Matipó encontrar aquele a quem tanto temos a agradecer, afinal, se um dia alguns de vocês se animarem a ir ao encontro de Deus, todas as quintas – feiras e domingos nos encontrarão na casa do Pai, prestigiando o Padre monlevadense Ricardo Caricati, por quem nutrimos imenso carinho e admiração - prova de que também valorizamos as pessoas de nossa terra.
Volto a afirmar que o Padre José Felipe Bastos é sim “rei”. Não rei dos reis, pois este é o nosso irmão Jesus Cristo, mas sim, rei para um povo católico que estava desiludido pelos rumos que os párocos locais estavam dando à nossa igreja.
No mais, tenham a certeza de que não abandonaremos o Padre Felipe e, que estaremos, sempre que possível em Matipó prestigiando – lhe. Direito inquestionável nosso.

A história de João Monlevade, desde sua fundação, foi construída por braços e mentes de estrangeiros e forasteiros, portanto, não creio que possamos criticá - los.
E tenho dito!

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