Não tenho a menor dúvida de que a iniciativa de um grande manifesto pela duplicação da BR 381 seja louvável e necessário. Creio, que este seja de fato, o verdadeiro caminho para se chamar à atenção dos governantes para esta, que é uma rodovia da dor para inúmeras famílias de todo o país. Um problema que não é apenas das famílias e de amigos que perderam seus entes queridos na Br assassina, mas sim, um problema de todos nós que a utilizamos.
Sonho com o dia em que não mais precisaremos chorar as mortes de Henriques, Luanas, Jefersons, Nicos, Lidianes ou Geraldas. Sonho com o dia em que poderemos sair de casa e chegar ao nosso destino sem a tensão e o medo que sentimos a cada vez que precisamos cruzar essa rodovia. Sonho, principalmente, com o dia em que as autoridades tomem as iniciativas, e enfim, realizem as obras de duplicação tão urgentes para a segurança de todos os seus usuários.
Tenho que ressaltar, porém, que a tranferência de local do evento de manifesto foi um equívoco. Queria que os motoristas que estavam trafegando pela 381 sentissem a mesma raiva que eu senti ao dirigir pela avenida hoje, tentando chegar ao Colégio e Faculdade Kennedy, para uma reunião de trabalho e sofrendo com o trânsito confuso e tumultuado. Queria ver o trânsito lento e ou parado era por lá, onde a dor e o fantasma da morte imperam à todo momento, e não em Carneirinhos, distante dos olhares daqueles que estavam trafegando na "Rodovía da Morte", e que não poderiam sentir ou ver as manifestações, ou seja, ótima idéia e péssimo local.
In memorian de Henrique Júnior, Luana, Jeferson, Nico, Lidiane, Geralda Machado e todas as outras vítimas da 381.
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