"Eu... sei que me disseram por aí
E foi pessoa séria quem falou
Você tava mais querendo era me ver passar por aí"
E foi pessoa séria quem falou
Você tava mais querendo era me ver passar por aí"
(há 10 anos o Brasil perdia Cássia Eller, aos 39 anos, vítima de um Infarto do Miocárdio)
Há exatos 10 anos, no dia 29 de dezambro de 2001, o Brasil perdia uma das vozes mais marcantes de sua história musical. Cássia Eller, faleceu ao 39 anos. A cantora morava com a companheira de vida, Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco Eller, o Chicão.
A cantora, de voz grave, também tinha uma personalidade forte, e chamou atenção da crítica e do público, em 1990, quando regravou a canção “Por Enquanto”, da banda Legião Urbana, da qual declarava ser fã.
Cássia, durante sua carreira, mostrou grande versatilidade e presenteou os brasileiros com interpretações marcantes de artistas de vários gêneros e épocas, como Cazuza e Barão Vermelho, Caetano Veloso, Chico Buarque, Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles e até Nirvana.
Fazem parte da sua coletânea de sucessos, os discos, “O Marginal”, de 1992, “Veneno AntiMonotonia”, lançado no ano de 1997, “Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo”, de 2001, e “Acústico MTV”, do mesmo ano.
O filho de Cássia, é fruto de seu relacionamento com o baixista Tavinho Fialho, que faleceu em um acidente automobilístico, meses antes do nascimento de Francisco. Sua parceira Maria Eugênia, ficou responsável pela criação do menino após a morte da cantora. Chicão, tem hoje 19 anos, e também seguiu a carreira musical. Atualmente é cantor e percussionista da banda Zarapatéu.
A voz grave de trovão e o ecletismo musical sempre foram características marcantes na música de Cássia Eller. A cantora era dotada de uma timidez desconcertante, quando conversava, e ao mesmo tempo, de uma rebeldia juvenil, quando subia aos palcos. Em suas apresentações, quase sempre se via gestos como coçar as partes íntimas, cuspir no chão ou mostrar os seios. Sua presença de palco era intensa e sua capacidade de se apropriar das músicas que cantava era indiscutível. Cássia compôs apenas três das muitas canções que interpretou. A artista cantava blues, rock, MPB e samba com a mesma maestria; sem criar diferenças ou barreiras entre um gênero musical e outro. Na verdade, em sua voz, tudo era simplesmente boa música.
Ao cair da noite daquele fatídico dia 29 de dezembro de 2001, ouvia-se o anúncio de morte da cantora Cássia Eller. Há exatos 10 anos, interrompia-se a trajetória de uma das mais singulares intérpretes da música brasileira. A roqueira estava no auge de sua carreira após um ano de intensa produtividade. Foram levantadas suspeitas de que a causa da morte estava diretamente ligada ao uso de drogas, já que a cantora fez uso de álcool e cocaína por muitos anos. Mas sua autópsia descartou essa hipótese e confirmou o diagnóstico de morte em razão de um infarto do miocárdio, resultante de sequenciais paradas cardiorrespiratórias.
O Brasil perdeu Cássia em um momento de grande visibilidade e intensa produção de sua carreira. Para os mais íntimos, ela estava cansada e abalada emocionalmente, além de não saber lidar com o assédio decorrente daquele sucesso.
Cássia Eller, uma cantora que se firma na história da MPB em lugar de destaque, junto aos imortáis de nossa canção.
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