A renúncia de Dom Odilon Guimarães

Após quase dois anos envolvido em polêmicas com padres e conquistando o desafeto dos fiéis, Dom Odilon Moreira Guimarães, Bispo da Diocese Itabira / Cel. Fabriciano renuncia ao posto alegando problemas de saúde.


Há poucos dias de completarem dois anos da polêmica saída de um padre de João Monlevade e poucos meses após a também polêmica substituição do padre da cidade de Alvinópolis, Dom Odilon, que ocupava o cargo de Bispo da Diocese Itabira / Coronel Fabriciano há 10 anos, resolveu se afastar do comando da Diocese e renunciou.

A renúncia aconteceu esta semana, na cidade de Itabira, e segundo o Bispo demissionário se deve à idade avançada, falta de vigor físico e mental para as exigências do cargo. Embora os motivos alegados por Dom Odilon sejam muito semelhantes aos do Santo Padre, o nosso querido Papa Bento XVI, Odilon afirma que sua renúncia não está ligada a saída do Sumo Pontífice. Dom Odilon já havia manifestado sua intenção de se afastar do cargo desde o ano passado. O pedido foi feito junto ao Papa Bento XVI, que aceitou a solicitação do Bispo.

Monsenhor Marco Aurélio Gubiotti, de 49 anos, pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre, será o novo Bispo Diocesano. A data da posse do novo Bispo ainda não foi anunciada pela Igreja, mas, até lá, Dom Odilon continua à frente da administração da Diocese.

Relembre as polêmicas envolvendo Dom Odilon nos últimos dois anos:

Em 2010, Dom Odilon esteve à frente de uma das maiores polêmicas enfrentadas dentro da Diocese, quando empossou um padre como pároco e administrador paroquial da paróquia Nossa Senhora de Fátima e da Matriz São José Operário, ambas em João Monlevade. O padre foi escurraçado pelo Bispo de forma inesperada e às vésperas da Semana Santa, deixando centenas de fiéis inconformados. Após muitos protestos e cobranças à Diocese, por parte dos fiéis, o Bispo se manifestou de maneira sucinta e pouco convincente. Um ano após o incidente, Dom Odilon e alguns de seus padres começaram uma nova perseguição ao mesmo padre, que regressava a João Monlevade acolhido e com seus votos sacerdotais confirmados pela Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, de rito Bizantino. Desta vez, os esforços do Bispo foram em vão, pois, o Padre estava totalmente amparado por seu Arcebispo e pelo setor jurídico de sua Eparquia. O padre envolvido na polêmica é hoje o Vigário Geral do Estado de Minas Gerais da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa de Rito Bizantino, além de pároco e administrador paroquial das Paróquias do Bom Pastor, em Matipó e São Judas Tadeu, em João Monlevade, onde recebe centenas de fiéis para as Santas Missas.

Em janeiro deste ano, mais uma vez Dom Odilon conquistou a insatisfação e o desafeto da população católica ao transferir um Padre muito querido em Alvinópolis, para João Monlevade. Num caso tão, ou mais polêmico que ao do Padre que estava à frente das paróquias monlevadenses, Dom Odilon mais uma vez não convenceu aos fiéis com suas respostas e colocou uma pedra no assunto ao dizer que sua decisão, novamente, era irreversível. Nem mesmo os protestos das centenas de fiéis católicos foram o suficiente para comover o Bispo, gerando ainda mais descontentamento entre os católicos romanos.

A renúncia do Bispo, embora aparentemente não tenha relação com as polêmicas às quais esteve e ainda está envolvido nos últimos tempos, deixa uma pergunta no ar: O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA?

É esperar para ver o muito que ainda está por vir. Rezemos!

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